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Criptorquidia

       Criptorquidia ou distopia testicular é definida pela ausência de um ou ambos os testículos no escroto, porém presentes em seu trajeto habitual. Os testículos se originam na cavidade abdominal, próximo ao pólo inferior dos rins, e iniciam sua descida testicular ainda no período gestacional, em direção ao escroto, pelo conduto peritônio vaginal, passando através do canal inguinal, anel inguinal, influenciado pela testosterona. Em geral a descida testicular está completa por volta das 40 semanas gestacionais, e em alguns casos pode completar a descida no período pós natal, até por volta de 1 ano de idade.

        A maioria dos testículos criptorquídicos estão presentes e palpáveis na região do canal inguinal, e devem ser submetidos à cirurgia eletiva, orquidopexia, em geral entre 6 meses e no mais tardar antes de completar 2 anos de idade, em virtude de alterações que podem levar a infertilidade e possibilidade de desenvolvimento de neoplasias.

        Em alguns casos, o testículo não é palpável na região inguinal, e nestes casos é indicada vídeo laparoscopia em busca de diagnóstico e tratamento adequado. Nestas casos onde o testículo não é palpável, é necessária  a diferenciação entre anorquia, que é a ausência congênita do testículo, presença resquícios testiculares, de atrofia ou hipotrofia testicular com diferentes causas tanto no período gestacional ou mesmo no pós natal, e a presença do testículo intra-abdominal. Nos casos de anorquia, não há o que ser feito além do diagnóstico. Nos casos resquícios testiculares, atrofia ou hipotrofia, avaliar a necessidade de ressecção do testículo, e no caso de testículo intra abdominal, devemos realizar a orquidopexia em 1 ou 2 tempos cirúrgicos. 

         Existem ainda os testículos retráteis, testículos esses que chegaram e estão presentes na bolsa escrotal, e por alguns estímulos, apresentam exacerbação do reflexo cremastérico, e acabam se retraindo para o canal inguinal, e após cessar o estímulo, a musculatura cremastérica relaxa e o testículo volta a se posicionar na bolsa escrotal. Em geral, trata-se de um reflexo fisiológico, normal, e não tem necessidade de cirurgia.

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